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Falar que Paris é linda, iluminada, charmosa, elegante… é chover no molhado, certo? Falar de seus monumentos históricos imperdíveis, seus museus grandiosos, suas românticas pontes e praças e a inigualável Torre Eiffel continua sendo muito óbvio. Paris é uma cidade como poucas, onde cada um tem a possibilidade de escolher o roteiro que mais lhe agrada, mas uma coisa é unânime entre todos – além da Torre Eiffel, Louvre e Notre Dame , é claro – ir a Paris e não passar alguns momentos apreciando as pessoas e sentindo o verdadeiro clima parisiense em um dos maravilhosos Cafés, é como ir ao Vaticano e não ver o Papa. Não dá para deixar de ir.

Passeando pelas ruas, não se prenda somente às indicações de amigos, parentes e matérias que você andou pesquisando. Existem inúmeros Cafés que merecem ser visitados justamente pela falta de “carimbo” marcando como café turístico. Aliás, os melhores cafés parisienses são encontrados justamente assim, ao acaso. Fique atento somente para duas regiões onde você vai encontrar uma variedade maior e mais charmosa destes tesouros da cidade luz, são elas: Montparnasse e Saint-Germain-des-Pres.

Agora, vamos conversar um pouquinho sobre alguns detalhes muito importantes que acabam passando despercebidos e podem gerar algum desconforto por pura falta de atenção. Na boa, já foi aquele tempo de ficar falando mal do humor dos parisienses, se você pensar um pouquinho, é uma questão de educação, ou como dizia minha avó, bons modos. E só.

Você já reparou como são apertadinhas as mesas (inhas) dos cafés parisienses? Muito mal consegue-se acomodar 3 ou 4 pessoas, aí chega o turista com a mania de viajar em grupo ou com crianças agitadas e tira toda a harmonia do lugar. Infelizmente, nós, brasileiros temos o péssimo hábito de falar muito alto. Claro que não somos os únicos, mas estamos falando de nós mesmos, não é verdade? Então temos que nos policiar e nos enquadrar nos moldes do país que estamos visitando e respeitá-los de forma exemplar para merecermos este respeito de volta. Reduzir o volume da conversa, dividir o grupo gigante e conversar com as crianças, orientando-as a se comportarem nunca é demais. Eu sei que a parte das crianças é uma tarefa mais delicada, mas numa boa, se as crianças em questão são tão “atacadas” assim, não é justo atrapalhar a viagem das outras pessoas que foram lá para curtir esse clima de tranquilidade. Que tal optar por outro tipo de passeio com as ferinhas?

Outra coisa importante que não nos damos conta, principalmente para quem vive nas cidades litorâneas daqui do Brasil, se refere ao hábito de ir “invadindo” e sentando em qualquer lugar. Na certa você vai ter que enfrentar o mais carrancudo garçom e saber lidar com sua antipatia – conquistada por você mesmo- durante o período que permanecer no café. Para evitar isso, basta boa vontade e, claro, educação. Cumprimente o garçom e peça uma mesa, simples. Caso ele o direcione para algum lugar que não seja do seu agrado, indique onde gostaria de ficar que ele será solícito e educado. Se for possível, aprenda algumas palavras básicas em francês que vão te abrir muitos sorrisos, antes de sair gastando seu inglês. É cortês mostrar que você se esforça para aprender um pouco do idioma deles.

Estamos falando aqui de normas simples de educação que devemos aplicar em qualquer lugar do mundo. A diferença é que os franceses são mais apegados a pequenos protocolos da vida do que o resto do planeta. Você se lembra da frase: Gentileza gera gentileza? O caminho é bem por aí.

Au revoir!